quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

encantada com o pequeno "índio" loiro


Aqui está um momento captado ao acaso, mas intencional (quem me conhece sabe porquê). Um pequeno "índio" loiro (como o apelidei) e eu, uma turista perdida num rio cheio de crocodilos, tartarugas, aves raras e sabe-se lá mais o quê.

O "índio" loiro encantou-me mal entrou com a mãe no taxi-boat em Cariari. Filho de uma costa-riquenha (que fisicamente era o oposto dele, pelos seus traços claramente latino-americanos) e, possivelmente, de um turista alemão ou inglês que por lá passou (este foi o filme que fiz na altura). No início tímido, e depois de muito meter conversa com ele, o menino lá começou a dar-me troco, principalmente quando o assunto chegou ao tema ‘brinquedos’, nomeadamente carrinhos. A certa altura, o pequeno "índio" loiro dizia-me orgulhoso “yo tengo ocho carritos en mi casa... no, no, yo tengo cinco carritos en my casa…", e assim sucessivamente. De forma inocente, como muitas crianças daquela idade, achava que ter cinco carros era ter mais do que oito. Através dos dedos das mãos expliquei-lhe que ter cinco carros é menos do que ter oito e ele, desarmado, concordou com a explicação, fazendo as contas com os seus próprios dedinhos.
Esta fotografia retrata apenas isso... a interacção entre uma turista encantada e um menino local curioso, que vivia numa realidade em muitos aspectos diferente da dela (devido aos hábitos e costumes do país em questão), mas que, ao mesmo tempo, tinha a igual inocência de qualquer outra criança de qualquer outra parte do mundo.

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