domingo, 27 de novembro de 2011

saudades de ti, sempre



ontem, hoje e amanhã... sempre sentirei saudades tuas.
saudades daquela pessoa que conheci e daquela que a minha imaginação livremente criou. é impossível não as sentir... estarás sempre comigo, venha quem vier, digam o que disserem...

domingo, 13 de novembro de 2011

A minha dor


A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.

Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal ...
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias ...

A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!

Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve ... ninguém vê ... ninguém ...

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

quem procura acha

sabendo tão bem disto, não sei porque continuo à procura daquilo que perfura como um objecto pontiagudo a ferida ainda aberta. ver e ler sobre ti faz com que o sofrimento aumente, pois sinto-me como uma gota de água naquele que foi o teu vasto oceano. e isso, não sei bem porquê, dói tanto...
"mais cego é aquele que não quer ver"... as pessoas têm a sua importância e a nossa nem sempre é proporcional à que damos aos outros...